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Divulgar Projetos e ações da E.E.M D. Antonia Lindalva de Morais e do Lei - Laboratório de Educação em Informática.
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
HOMENAGEM A DUAS DIRETORAS NEGRAS DA ESCOLA LINDALVA DE MORAIS
A mulher negra brasileira vem assumindo ao longo da história de nosso país inúmeras lutas, cada uma delas se impõem como uma forma de enfrentamento contra a opressão, contra a marginalização, são muitas as práticas de poder que procuram impedir sua ascensão como protagonistas da história do país. Desde o século XIX essas mulheres se colocaram como força ativa e transformadora da sociedade, são elas que ao se engajarem nas lutas sociais erigem uma nação democrática e mais justa.
Na Semana da Consciência Negra do ano de 2020 precisamos mais do que nunca lembras do protagonismo das mulheres negras que se insurgiram contra o escravização das pessoas negras, contra o racismo do Brasil no Pós-abolição, contra as políticas segregacionistas do estado brasileiro.
Mulheres que partilhando dos ideias de justiça, igualdade e de que todos são irmãos, propuseram um novo modelo de sociedade e criaram através de suas falas e práticas a esperança de um país melhor. Assim são as duas educadoras negras que dirigiram a E.E.M.Dona Antônia Lindalva de Morais nos últimos oito anos, Neininha (2005-2013) Ana Nunes (2013-). Duas mulheres que assumiram a missão de educar os jovens da cidade de Milagres, que foram nomes marcantes no processo educativo da Escola Lindalva de Morais. Duas grandes lideranças negras do município de Milagres, que compreendem ser necessário educar para transformar a sociedade
Nesta Semana da Consciência Negra quero parabenizar essas duas educadoras que muito contribuíram e contribuem com a nossa querida Escola Estadual e para o sucesso dos nossos jovens.
OUTRAS SEMANAS DA CONCIÊNCIA NEGRA NO ESTADUAL - RETROSPECTIVA
Os Pretinhos de Congos se apresentam na Escola Lindalva de Morais, Mestre Doca Zacarias ensinando seus saberes ancestrais para a Juventude Negra do estadual.
Meninos e meninas do Congo de Mestre Doca Zacarias em momento de alegria e homenagens no Estadual. Temos orgulho de ser uma escola inclusiva e de problematizar a educação antirracista.
Os Conguinhos de Milagres mostram com orgulho suas vivências negras, sua cultura e sua história de lutas e memórias do povo negro do Vale do Riacho dos Porcos.
Nós somos apenas espectadores esses Congos são os protagonistas da vastíssima história afro-brasileira em Milagres.
Apresentação dos Congos de Milagres em 2014 na E.E.M. Dona Antônia Lindalva de Morais
Fazendo todo o Ritual de Coroação dos Congos, Mestre Doca Zacarias educa nossos alunos a assumirem sua ancestralidade e sua negritude profunda.
Todos os Mestres da Cultura são educadores e a Escola Lindalva de Morais compreende MESTRE DOCA ZACARIAS como educador dos próprios educadores da escola.
Toda a Escola Lindalva de Morais se emocionou com esse momento no dia 19 de novembro de 2014, foi um dos grandes momentos para nossa africanidade do estadual.
O MESTRE DOCA ZACARIAS na sua função de educador, toma a palavra e educa uma escola inteira, esse é o verdadeiro educador ancestral!
Alunos da escola apresentam dança africana na Semana da Consciência Negra de 2015, mais uma homenagem as africanidades milagrenses.
Manter viva as raízes ancestrais africanas, criar uma prática educacional antirracista, esse é o papel da escola, o Estadual sempre na vanguarda das políticas públicas.
A professora mestra Lourdinha Gonçalves apresentando Mestre Doca Zacarias e seus Pretinhos de Congo aos alunos.
Mais um ano com Mestre Doca Zacarias na escola, em 2016, pensando com as africanidades as identidades afromilagrenses.
Mestre Doca Zacarias o príncipe do Reinado de Congo, homenagens não esgotam os favores que devemos a este rei africano.
Tradicional Feijoada do 20 de novembro no estadual, porque a história também é cheiro e sabores.
Cultivando a história e a memória afetiva dos sabores africanos na nossa tradicional feijoada, cozinha maravilhosa da negra Corrinha de Seu Vicente, educando pelo paladar e pelo olfato, ensinando história com seu delicioso tempero africano.
Compartilhando saberes e sabores africanos, todo mundo aprendendo com nossa deliciosa e tradicional feijoada de 20 de novembro, aprendem os alunos e aprendem os professores.
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
MEU POVO PRETO DO ESTADUAL, MAIS UMA VITÓRIA DA NOSSA CAUSA POR UMA ESCOLA E UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA
Cinco
projetos para trabalhar a Consciência Negra na escola
Estudantes do
município de Milagres (CE) criam projeto “Juventude Negra: Movendo
Estruturas” para discutir o genocídio da população negra e exaltar a cultura
afro-brasileira
No dia 20 de novembro, celebra-se o Dia
Nacional da Consciência Negra. Marcada pela morte de Zumbi dos Palmares,
símbolo da resistência negra contra a escravidão, a data ressalta a importância
da luta contra a discriminação racial e, também, da reflexão sobre os lugares
ocupados pelas pessoas negras em nossa sociedade.
Por isso, o programa Criativos da
Escola apresenta cinco projetos inspiradores de alunos do ensino fundamental e
médio estão combatendo o racismo, valorizando a cultura negra e contribuindo
com ações antirracistas na prática.
Um desses projetos foi protagonizado
por um grupo de estudantes do 2° e 3° ano do ensino médio da Escola
Municipal Dona Antônia Lindalva de Morais, do município de Milagres (CE). Ao
refletirem sobre o aumento constante da violência contra a população negra no
Brasil, os adolescentes criaram a iniciativa Juventude Negra:
Movendo Estruturas. O projeto recebeu menção honrosa na
quinta edição do Desafio Criativos da Escola.
Durante as aulas de Formação para a
Cidadania, os estudantes foram incentivados a debaterem sobre o
crescimento do racismo e da violência contra o jovem negro e a mulher negra no
Brasil. Foi aí que nasceu a iniciativa.
O grupo refletiu sobre a
condição das pessoas negras no país e passou a fazer uma
pesquisa mais aprofundada das bibliografias que discutem sobre
a população afro-brasileira.
Depois das leituras, os alunos aplicaram um questionário para compreenderem a diversidade étnica na escola e também, para conhecerem quem eram estudantes negros da instituição. A partir disso, os alunos passaram a desenvolver uma série de ações que abordavam a cultura, a história e a realidade negra do Brasil.
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Entre elas, estavam o seminário
“Vidas Negras Importam!”, a oficina de direitos humanos “Todos os mortos eram
bandidos: genocídio ou extermínio do povo negro no Brasil?”. E, por
fim, realizaram o café filosófico “Somos muitos, somos milhões, somos aqueles
silenciados: o que é cidadania negra no Brasil?”.
A iniciativa ajudou os
alunos negros a assumirem suas identidades, reconhecendo-se e
admirando-se. A escola passou a incluir conteúdos sobre a História da
Cultura Afro-brasileira e Africana em todas as disciplinas, conforme
determina a Lei Federal 10.639/2003
.
Alunos apresentam trabalho sobre Angola – Foto: Divulgação
Confira abaixo, mais mais
quatro projetos criados por alunos que tratam da valorização da
cultura negra e do combate ao racismo.
As iniciativas também foram destaques
na última edição do Desafio Criativos da Escola:
A Comunidade
Quilombola de Opalma em Pauta: estudantes do município de
Cachoeira (BA) se incomodam com a falta de notícias sobre a
realidade do Quilombo de Opalma. Para mudar essa situação, criam uma
ferramenta online para compartilhar acontecimentos da região com a
população.
Estudantes do projeto A Comunidade Quilombola de Opalma em Pauta – Foto: Divulgação
Potere: O lugar da mulher negra no
Colégio Pedro II: estudantes da cidade do Rio de Janeiro (RJ)
registram o dia a dia das mulheres negras da escola, por meio de processos
artísticos audiovisuais. Iniciativa nasceu depois de uma série de
debates sobre racismo estrutural e as desigualdades de gênero na escola.
Estudantes do projeto Potere falam sobre a mulher negra – Foto: Divulgação
Mais Amor Menos
Guerra: estudantes de São Bernardo do Campo (SP) realizam atividades de
contação de histórias em creches e oficinas de bonecas negras Abayomi para
abordar a diversidade racial e a importância do respeito. Iniciativa tem como
objetivo combater a violência e propagar o amor no território em que vivem.
Afroativos:
solte o cabelo, prenda o preconceito: ao perceberem o
desconforto de crianças negras com o seu cabelo, alunos da cidade de Porto
Alegre (RS) passam a refletir sobre a intolerância, o preconceito e o racismo.
Para mudar este cenário, eles decidem promover oficinas, formações e palestras
sobre educação antirracista na escola.
Afroativos: solte o cabelo, prenda o preconceito – Foto: Divulgação
Em
12 de novembro, 2020 / Notícias / Deixe um
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DIA 20 DE NOVEMBRO, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Em tempos de um amor sem cor,
E onde a paz não veste branco,
O sentimento é incolor,
E o preto ainda causa espanto.
Tanto quanto o que se fere,
E o que esconde nas pessoas,
Desde quando eram crianças,
Quando ainda eram boas.
Violência contra o negro,
Ainda é um caso sério,
Deixando o preto sem saída,
E o sofrimento a seu critério.
A consciência negra,
Tem cor de muita luta,
De um povo forte e guerreiro,
Que não foge da labuta.
Tem a cor do sofrimento,
Dos injustos julgamentos,
E do preconceito velado.
Tem a cor de quem sofreu,
Que sofre, mas aprendeu,
A jamais ficar calado.
Talvez consciência negra,
Tem a cor de igualdade,
De Mandela e de outros reis,
Que só deixaram saudades.
TAINÁ LAVOR - PROFESSORA DE QUÍMICA
SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - POR UMA ESCOLA ANTIRRACISTA!
terça-feira, 17 de novembro de 2020
GRUPO DE VALORIZAÇÃO NEGRA DO CARIRI COMEMORA DUAS DÉCADAS DE RESISTÊNCIA
Pâmela Queiroz / 22 de Abril, 2020
O
Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) completou 20 anos nessa terça-feira
(21/4). O coletivo é instrumento de importantes movimentações ligadas ao
combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo no interior do Ceará.
Tudo
começou em 2000, após Luciano Carvalho, Verônica Carvalho, Maria Eliana de
Lima, Adriano Almeida, Janaina Costa, Zildene Pereira, Risomar Alves, Charles
Farias e Cícero Erivaldo refletirem sobre a realidade da negritude brasileira e
cearense. A discussão teve como pano de fundo a Conferência de Durban,
promovida naquele período pela Organização das Nações Unidas (ONU) contra o
racismo, a discriminação racial, a xenofobia e formas correlatas de
intolerância.
A
conversa impulsionou os indivíduos a transformar lutas individuais em ação
coletiva. E, assim, eles fundaram a organização que naquele momento pretendia
responder a duas perguntas: existem negros no Ceará? Quais contribuições esses
negros deixaram para o nosso território?
Segundo
Valéria Carvalho, educadora popular e membro do grupo, a data de fundação do
Grunec (21 de abril) não foi escolhida à toa, pois “enquanto o Brasil celebra
um “herói” nacional nós celebramos o nosso verdadeiro herói que é Zumbi dos
Palmares”. Para a ativista, ao longo das duas décadas, o grupo se pautou na
“busca da dignidade que vem a partir do conhecimento da nossa história.”
Desde
2000, a organização já desenvolveu inúmeras atividades relevantes. Ações como o
mapeamento das comunidades negras e quilombolas do Cariri cearense, que colocou
essas regiões oficialmente no mapa do Estado.
Além
disso, o Grunec contribui há dez anos com a construção da caminhada contra a
intolerância religiosa realizada anualmente em Juazeiro do Norte e foi pedra
angular para a realização da Marcha das Mulheres Negras do Cariri, realizada em
2015.
Hoje,
o grupo tem proposto e atuado em questões ligadas à educação, saúde, mulheres
negras, convivência com o semiárido e juventudes negras. E tem se dedicado a
ações de acolhimento e integração de imigrantes venezuelanos que chegam à
Região.
Nos
últimos anos, muitos jovens têm se aproximado do Grunec, o que aponta uma
renovação e ampliação das proposições de luta da organização. A estudante Maria
Raiane, 21, faz parte da juventude do grupo há quatro anos e se aproximou da
organização num momento delicado da vida.
“Eu
estava na sala de aula me sentindo mal, com bastante vontade de chorar,
enquanto no Grunec estava acontecendo uma oficina de turbante. Eu saí da aula e
fui pra sede do Grunec participar da oficina. No momento de partilha, pela
primeira vez, eu me senti ouvida; eu me reconheci naquelas pessoas. Desde
então, nunca mais abri mão de construir esse movimento.”
Raiane
completa que a luta encabeçada pelo Grunec é fundamental tendo em vista que o
Cariri é composto majoritariamente por afro-quilombolas e afro-indígenas. “Eu
reconheci que a luta pela negritude não é só por mim, mas por todas as pessoas
que moram num estado como o Ceará, que historicamente nega a existência das
pessoas negras”, pontua a jovem.
O
Grunec consegue unir gerações, pessoas negras sexagenárias e juventude que,
apesar das diferenças e de todas as dores marcadas na pele, enxergam beleza na
vida. Segundo Valéria, a maior beleza do povo negro caririense é a existência
coletiva e partilha contínua. Raiane, por sua vez, destaca que conheceu o amor
de estar numa organização na qual acredita, junto de pessoas que consideram
importante a sua vivência.
Nesse
contexto, uma palavra compartilhada constantemente por vários integrantes do
Grunec é “AmorAção”, que é entendido como fórmula fundamental para o
ajuntamento de forças na construção de um novo amanhã para a negritude
cearense. Por isso, há 20 anos os corações pretos caririenses bradam: vida
longa ao Grunec!


























